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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

No Limite DA CRUELDADE: retrocesso na TV brasileira

Reality-show da Globo exibe galinhas sendo mortas e coruja amarrada

No dia 30 de julho estreou mais um reality-show na TV brasileira. São 20 competidores reunidos em uma praia do nordeste disputando o prêmio de R$ 500 mil. A fórmula já batida, dessa vez ultrapassou todos os limites ao explorar animais em rede nacional.

Em uma das provas, a equipe vencedora ganhou 1kg de arroz, 1kg de batatas e quatro galinhas poedeiras (aquelas capazes de botar ovos). Os participantes tinham duas opções, come-las ou esperar pelos ovos. O grupo decidiu matar duas galinhas e as cenas foram ao ar.

O gesto, além de promover a crueldade em rede nacional, feriu o Art. 32 da Lei dos Crimes Ambientais (N° 9.605/1998) que proibe o abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos – uma lei que sofre do mesmo mal que muitas outras: a impunidade!

O episódio não seguiu critérios humanitários e nem de saúde pública. Em abril a WSPA lançou o Programa Nacional de Abate Humanitário – STEPS, com o objetivo de melhorar o manejo pré-abate e abate dos animais de produção dentro dos frigoríficos. Já a ARCA Brasil, em parceria com a The Humane Society International, lançou a inédita Campanha pelo Fim do Confinamento Intensivo Animal, que propõe mudanças significativas na criação de porcos e galinhas poedeiras.

Grandes esforços realizados com a finalidade de tornar a vida dos animais menos cruel e sofrida. Esse tipo lamentável de postura da maior emissora do país, na busca pela audiência a qualquer custo, causou indignação entre protetores e telespectadores.

Há 16 anos a ARCA Brasil combate a falta de justiça que permite os mais variados e cruéis crimes. O exemplo mais recente é o caso Cão de Quintão (RS), onde dois jovens mataram um cachorro a pauladase divulgaram o vídeo no You Tube. Exemplos negativos veiculados nos dois maiores meios de comunicação: televisão e internet.

Além da morte cruel das galinhas, outra cena chamou a atenção dos mais atentos. Uma coruja que estava atrás do apresentador Zeca Camargo, “enfeitando” o cenário, tentava voar e não conseguia. A ave estava presa por um fio, que apesar de discreto, apareceu nitidamente durante a transmissão ao vivo.

“A coruja nunca deveria ser amarrada, isso é maus tratos, tortura e atitude imoral. Uma ave amarrada pela pata pode sofrer fraturas, além de um stress terrível que pode levá-la a óbito”, explica a Veterinária e Responsável Técnica da ARCA Brasil, Dra. Rosangela Ribeiro.

Durante os últimos dois meses a ARCA Brasil produziu o especial Animais na TV – parte 1 e Animais na TV – parte 2, matérias que questionam a postura do órgão responsável pela fauna brasileira (IBAMA) e a falta de critérios que regulam a punição de animais na TV.

Fonte: http://www.arcabrasil.org.br/noticias/0908_no_limite.html

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